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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

VALE A PENA TRAZER A BAILA NOVAMENTE!

A voz dos outros e a nossa voz 

( Optando pela pedagogia da elegância)

 Minhas reflexões...escrevi para fazer pensar...

A aprendizagem na e com a convivência é um momento fantástico na constituição e no fortalecimento da matriz existencial da pessoa. Meus anos como aprendente tem me proposto desafios singulares em minha feitura incompleta como professor sempre disposto a refletir frente às tramas que se desvelam junto aos nichos humanos nos quais estou inserido, e ainda os quais observo sempre com uma escuta sensível. Conversando um dia desses com um amigo filósofo ele lançou-me sem dó a seguinte sentença: “A voz dos outros e a nossa voz na mistura nem sempre garantem um diálogo elegante, por isso, quanto alguém fugir de uma prosa respeitosa pule fora, o outro não deve condená-lo a reducionismos chulos”.Optando, pois pela pedagogia da elegância por vezes deverá calar-se, recolher-se, ser pontual, reconduzir-se, fazer de conta que não ouviu ou entendeu, sair da “roda”, cuidar para não flagrar-se numa exposição desnecessária.Tenho tentando aprender com situações desta natureza, observadas ou vividas, mas confesso, sem sigilo, é um exercício complexo e diário que requer muita inteligência para que a leitura de mundo em seus múltiplos contextos se constitua.
Vivi um momento muito significativo no ano de dois mil e sete, em um evento internacional de educação, onde ocupei o mesmo palco que Danilo Gandin, um dos ícones do planejamento participativo no Brasil (até foto tirei com ele), junto com o retrato ficou uma reflexão: “A competência profissional também requer um planejamento que tenha como princípio a organização pessoal de saber escutar as mil vozes que nos cercam”. É o que tenho revelado como opção, lançar-me, com inúmeras tentativas a aprender pela pedagogia da elegância, assim, quiçá que nossos anos acumulados não sejam apenas celebração de um tempo transcorrido, mas sim de um tempo que nos banhe com melhoramentos em nosso trajeto de ser e estar.

Obs.: Este texto de minha autoria foi extraído do blog de meu querido amigo Márcio Brasil