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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

HOMOSSEXUALIDADE: A CONDIÇÃO HUMANA EM PAUTA !

Refletindo sobre a situação de Augusta, personagem da novela "Vidas em Jogo" da Record
( O preconceito em ecos...)


Em minha conversa pontual sobre a homossexualidade tenho claro que diante da crise vergonhosa dos valores humanos de justiça e solidariedade, e da lama que nos banha com jatos de corrupção e roubalheira escancarada, os vários segmentos sociais institucionalizados criaram um terreno fértil para as excreções morais, insufladas frente aos homossexuais, hoje bodes expiatórios da generalizada crise de esgotamento moral enraizada nos dias atuais, reunindo ainda a imaturidade de bancadas políticas díspares de alguns segmentos evangélicos, ruralistas, católicos, e outros que não pontuarei todos aparelhados junto à busca pela “decência moral”, (MADUEÑO, 1995).
Na outra ponta desta reflexão temos o novo fundamentalismo político-empresarial que reza como regra primeira o consumo em potencial dos bens e serviços postos a disposição de todos, inclusive do grande “filão” de homossexuais potencializados como consumidores.

Não sejamos tolos, o casal guei da novela “A próxima Vítima”, da Rede Globo (1995) somente tornou-se possível partindo destes indicadores que surgiram com fundamentação em pesquisas realizadas por instituições especializadas o que revelaram um número expressivo de consumidores em massa, daí as incursões “avançadas” da emissora, talvez carregadas de interesses mercadológicos, (TREVISAN, 2007).

Assim, é fato que a permissividade social quanto à homossexualidade, nesse caso, é basicamente oportunista, ou seja, a tolerância varia de época para época, dependendo de fatores de ordem interna e externa, que acrescentam à prática homossexual maior ou menor grau de periculosidade, conforme as necessidades e as circunstâncias das intencionalidades dominantes.
Dos brasileiros pontuou, em dada ocasião, cuja data e autor não me recordo, a Revista Time que para nós nenhuma crença é tão rígida que não possa ser virada do avesso e nenhum inimigo tão odiado que não possa ser abraçado.

Minha preocupação então se volta ao título desta simples reflexão: “HOMOSSEXUALIDADE: A condição humana em pauta” quando percebo o quanto estamos primatas no sentido de respeitar a diversidade, e no âmbito do entendimento de que todos aqueles que “ hospedam” vida, tem o direito e o dever de revelá-la sem máscaras, compreendendo que cada ser humano se constrói legítimo por isso não pode tratado como alguém que virou isso ou aquilo.

Hipócritas são aqueles que acreditam que a homossexualidade é opção, nunca foi e jamais será, é condição singular do sujeito. Ninguém, numa bela manhã de Domingo, sem ter nada para fazer, levantou da cama e disse que queria ser isso ou aquilo, apenas são, é a sua essência humana, a qual pode até ser escondida graças aos parâmetros empoeirados de alguns segmentos da sociedade constituída, mas lá no “quartão de mistério”, expressão de Rubem Alves, está à legitimidade de cada um de nós. Assumi-la ou não é um movimento que se manifesta a partir do entendimento de cada um. A cada porta aberta uma escolha já dizia uma amiga.

Observo assim, que viver a homossexualidade é um ato de coragem e de amor à vida, e respeitar a condição do outro como legítimo outro é mostrar, por exemplo, que você, leitor desse texto, não caiu na vala da mediocridade de pessoas que acreditam poder viver nesse mundo negando a diversidade humana. Por fim, a estes dedico à frase de uma costureira que conheci há alguns anos e vomitava sem dó: “Quem não gosta de gente, mas de gente de verdade, como elas são, que fiquem bem longe de mim”.

QUEIRAMOS NÓS QUE  A "AUGUSTA",  CONFIGURANDO NA PERSANAGEM, MUITAS "AUGUSTAS" DA VIDA REAL, QUE ESTA TENHA UM DIGNO ENCAMINHAMENTO NA TRAMA DESENHADA NA NOVELA.