Powered By Blogger

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O CUIDADO NA ERA DO DESCUIDO: PERIGOS DE COISIFICAÇÕES DA PESSOA!





 Prof. Esp. Rodrigo Dalosto Smolareck

A evolução inegável e espantosa da humanidade trouxe consigo várias inquietações no tocante as expressas investidas que assistimos descaradamente acerca do descuido com a condição humana. É, no mínimo, angustiante sentir-nos dentro de uma jaula cujos leões e domadores disputam o mesmo espaço, uns contando com o poder do chicote, outros por sua vez, com a prática animalizada do ataque voraz, uma relação de poder estabelecida e configurada no mais alto teor.

Falemos então das jaulas sociais, dos domadores, dos leões: uma verdadeira trama para análise psicopedagógica. Proponho-me aqui a pensar no cuidado na era do descuido com o outro. Jaulas sociais: Quantas? Como se apresentam? Quem está de posse da chave? Quem deve sair?

Domadores: Quem são estes? Qual o tamanho do chicote? Como exercem o controle? Que roupagem usam? Leões: Quem seriam? Será que realmente atacam? Seriam feras? Como se sentem ameaçados pelo chicote? Quantos olhares teríamos pairando nesta singela abordagem, quantas interpretações, quantas reflexões, quanta configuração ou projeção de situações de nossa própria vida: Quando nos sentimos enjaulados? Quando nos tornamos verdadeiros leões? E ainda, quando assumimos a postura de domadores? Valiosas indagações!

Meu temor reside assim na coisificação da pessoa, na banalização do cuidado com tudo o que nos faz SER: sermos sensíveis a tantas situações que nos chamam a compreensão de nossa identidade humana.

A configuração maldosa hospedada muitas vezes em nossa construção nos torna merecedores de frases fortes que ouvimos por aí:

Ajudar que é bom nem pensar, mas criticar de braços cruzados sim!
Vive dizendo como deveria ser, mas não assume o que diz!
Contesta qualquer ideia que não seja a sua, mas não acrescenta em nada!
Adora chamar a atenção partindo de reflexões vazias!
Vive olhando para o movimento do vizinho quando está até dura das pernas!
Nada que não venha de si é correto!
Quer se impor pela poeira que faz!
Muito barulho, também é só o que sabe fazer!
Segura o pé do outro de medo que caminhe mais que si próprio!
E tantas outras... entendo...como entendo, mas o importante é que quanto mais nos embalarmos ao som do bom senso menos vezes cairemos na vala da hipocrisia.


Obs.: Este artigo meu foi publicado com muito zelo e carinho pelo amigo Márcio Brasil. 

domingo, 6 de janeiro de 2013

QUE REI SOU EU? UMA SÁBIA PERGUNTA!



Pensando sobre a Rainha de Avilan, uma análise sociológica!




Que Rei Sou Eu? É uma telenovela brasileira produzida pela Rede Globo e exibida no ano de 1989. Foi escrita por Cassiano Gabus Mendes e Luís Carlos Fusco e dirigida por Jorge Fernando, Lucas Bueno e Mário Márcio Bandarra, tendo sido apresentada em 185 capítulos (...). O tempo histórico é 1786, três anos antes da Revolução Francesa. Após a morte do rei Petrus II, o trono do reino de Avilan é assumido pela rainha Valentine, uma personagem histérica, exala uma postura cômica que em suas oscilações de temperamento vai se rendendo e fazendo parte do círculo de corrupção movimentado pelos conselheiros de Avilan que realizam manobras escabrosas para enriquecer com o dinheiro do povo(...).


Fonte de suporte: Wikipédia. 



PONDERANDO:

O interessante na personagem de Tereza Rachel, a rainha, é a fascinante atuação que nos revela de maneira clara como funcionam sistemas corruptos, o jogo das tramas para o fortalecimento de mecanismos do poder opressor, e mais, a perpetuação de grupos fechados em cargos de mando para “domesticar” o povo. O cúmulo atinge pico em vários momentos, inclusive quando numa suposta eleição para Ministro do reino, valendo-se da “participação decisória” do povo, o próprio candidato Bidet Lambert (John Herbert) faz chacota quando toma o importante cargo sem nem sequer voltar-se ao processo eleitoral. Avilan é uma representação clara das situações vividas em muitos espaços sociais onde competência, formação, esclarecimento e postura ética não são validadas para oportunidades de crescimento profissional se a “Rainha de Avilan” não der seu aceite.O ponto alto é compreender que assim como na telenovela o ciclo de tirania se findou e outras pessoas puderam ajudar aquele país a se desenvolver, na vida real as tantas  rainhas de Avilan deveriam começar a pensar com mais sabedoria antes que a coroa despenque e os novos tempos esfacelem a maldade que durante um período muito longo imperou . Uma análise sociológica!