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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Optando pela pedagogia da elegância: Vamos correr das pessoas barulhentas!



Para evitar que pessoas que se julgam elegantes em comportamento não nos enrolem em sua roda de barulho e zoeira social:


Meus anos como aprendente tem me proposto desafios singulares em minha feitura incompleta como professor sempre disposto a refletir frente às tramas que se desvelam junto aos nichos humanos nos quais estou inserido, e ainda os quais observo sempre com uma escuta sensível. Conversando um dia desses com um amigo filósofo ele lançou-me sem dó a seguinte sentença: “A voz dos outros e a nossa voz na mistura nem sempre garantem um diálogo elegante, por isso, quanto alguém fugir de uma prosa respeitosa pule fora, o outro não deve condená-lo a reducionismos chulos”. Optando, pois pela pedagogia da elegância por vezes deverá calar-se, recolher-se, ser pontual, reconduzir-se, fazer de conta que não ouviu ou entendeu, sair da “roda”, cuidar para não flagrar-se numa exposição desnecessária. Tenho tentando aprender com situações desta natureza, observadas ou vividas, mas confesso, sem sigilo, é um exercício complexo e diário que requer muita inteligência para que a leitura de mundo em seus múltiplos contextos se constitua.

domingo, 26 de maio de 2013

A HISTÓRIA DA VAQUINHA E O SÁBIO: Trate de empurrar a sua vaquinha ou alguém o fará!

Um Mestre da sabedoria passeava por uma floresta com seu jovem discípulo, quando avistou ao longe um sítio de aparência pobre, e resolveu fazer uma breve visita. Durante o percurso ele falou ao aprendiz sobre a importância das visitas e das possibilidades de aprendizagem que temos, também com as pessoas que mal conhecemos. Chegando ao sítio constatou a pobreza do lugar, sem acabamento, casa de madeira e os moradores, um casal e três filhos, vestidos com roupas sujas e rasgadas. Aproximou-se do senhor, que parecia ser o pai daquela família, e perguntou: “Neste lugar não há sinais de pontos de comércio, nem de trabalho. Como vocês sobrevivem?" Calmamente veio a resposta: “Meu senhor, temos uma vaquinha que nos dá vários litros de leite todos os dias. Uma parte nós vendemos ou trocamos na cidade mais próxima por outros gêneros de alimentos. Com a outra parte fazemos queijo, coalhada, etc., para o nosso consumo… e assim vamos sobrevivendo”. O Mestre agradeceu a informação, contemplou o lugar por uns momentos, despediu-se e foi embora. No meio do caminho, em tom grave, ordenou ao seu fiel discípulo: “Pegue a vaquinha, leve-a até o precipício e empurre-a lá para baixo”. Em pânico, o jovem ponderou ao Mestre que a vaquinha era o único meio de sobrevivência daquela família. Percebendo o silêncio do Mestre, sentiu-se obrigado a cumprir a ordem. Assim, empurrou a vaquinha morro abaixo, vendo-a morrer. Essa cena ficou marcada na memória do jovem durante alguns anos. Certo dia, ele decidiu largar tudo o que aprendera e voltar ao mesmo lugar para contar tudo àquela família, pedir perdão e ajudá-los. Quando se aproximava, avistou um sítio muito bonito todo murado, com árvores floridas, carro na garagem e algumas crianças brincando no jardim. Ficou desesperado imaginando que aquela humilde família tivera que se desfazer do sítio para sobreviver. Apertou o passo e ao chegar lá foi recebido por um caseiro simpático, a quem perguntou sobre a família que ali morou há alguns anos. “Continuam morando aqui”, respondeu rapidamente o caseiro. Surpreso, ele entrou correndo na casa e viu que era efetivamente a mesma família que visitara antes com o Mestre. Depois de elogiar o local, dirigiu-se ao senhor que era o dono da vaquinha que havia morrido: “Como o senhor conseguiu melhorar este sítio e ficar tão bem de vida”? A resposta veio com entusiasmo: “Tínhamos uma vaquinha que caiu no precipício e morreu. Daí em diante tivemos que aprender a fazer outras coisas e desenvolver habilidades que nem sabíamos que tínhamos”. E completou feliz: “Assim, conseguimos conquistar o sucesso que seus olhos vêem agora!”


Reflexão desta história:
 Todos nós temos uma “vaquinha”, que nos dá as coisas básicas para sobreviver, mas que nos obriga a conviver com uma cega rotina. Às vezes precisamos empurrar uma vaquinha para vir às mudanças em nossas vidas. Identifique a sua “vaquinha”.

                                  Autor Desconhecido





Pensarmos algumas leituras partindo da reflexão trazida pela história:





Agora é só se debruçar nas obras! São apenas sugestões!

domingo, 19 de maio de 2013

REFLEXÃO DE MANTOAN: UM CONVITE A QUEBRA DAS GAIOLAS DA EXCLUSÃO!

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Nossa pesquisadora Maria Teresa Eglér Mantoan é Pedagoga, Mestre e Doutora em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas, e também professora da mesma instituição. Dedica-se, nas áreas de pesquisa, docência e extensão, debruça-se na discutição profunda do direito de todos os alunos à Educação Escolar de Nível Básico e Superior de Ensino. Oficial da Ordem Nacional do Mérito Educacional no Grau de Cavaleiro - Reconhecimento a contribuição à Educação no Brasil. 



Uma boa leitura para quem estuda o fenômeno social, logo, escolar, do processo de entendimento a diversidades humanas:


PONDERANDO:   É interessante o quanto meus estudos no campo da Psicopedagogia e das legitimidades humanas têm apontado para um breve momento histórico onde as massas marginalizadas eclodiram com força total tomando novamente para si o que a sociedade excludente destes usurpou, me parece que este processo começou a se revelar: aos moralistas empoeirados de plantão muito cuidado, o reconhecimento e a validação das diferenças é um modelo social que veio para se estabelecer. Que fique meu alerta!

quinta-feira, 2 de maio de 2013

ESTAR SEMPRE ABERTO PARA DESCOBRIR NOVAS POSSIBILIDADES DE VER O MUNDO, UMA BOA OPÇÃO!


Nossa querida escritora Martha Medeiros num fragmento escolhido por este psicopedagogo extraído de um de seus textos denominado: Espírito Aberto” nos convida a pensarmos sobre nossa capacidade de nos voltarmos às aprendizagens que o mundo pode nos acrescentar, e mais nos revela muitas possibilidades de evoluirmos diante das experiências que vamos vivendo sejam elas da natureza que forem: boas ou não tão boas segundo o olhar de cada um, o importante é termos espírito aberto para nos reconstruirmos diante das situações que a vida vai nos trazendo como vivências que devem nos fortalecer em nossas leituras de mundo.

 Leiam sua fascinante reflexão:
 

“(...) Eu já fui um caramujo ambulante, daquelas criaturinhas desconfiadas, que torcia o nariz para tudo o que não fosse xerox do meu pensamento. Desprezava os diferentes de mim e com isso, claro, custava para encontrar meu lugar no mundo. Era praticamente um autoboicote. Me trancava no quarto e achava que ninguém me compreendia.
(...) Um dia, percebi que o mundo era maior do que o meu quarto e que eu tinha apenas duas escolhas: absorvê-lo ou brigar contra ele. Contrariando minha natureza rebelde, optei por absorvê-lo.
(...) Abracei tudo o que me foi oferecido, deixei de me considerar importante, comecei a achar graça da vida e, com a passagem dos anos, só melhorei, não parei mais de me desobstruir, de lipoaspirar mágoas e ranzinzices - a não ser que desejasse posar de poeta maldita, o que não era o caso. Me salvei eu mesma e fui tratar de aproveitar cada minuto, que é o que venho fazendo até hoje (...).


 SOBRE A ESCRITORA:

Martha Medeiros é gaúcha de Porto Alegre, onde reside desde que nasceu. Fez seu percurso profissional na área de Propaganda e Publicidade, tenho trabalhado como redatora e diretora de criação em várias agências daquela cidade. Em 1993, a literatura fez com que a autora, que nessa ocasião já tinha publicado três livros, deixando de lado essa a área de atuação inicial mudando-se assim para Santiago do Chile, onde ficou por oito meses apenas escrevendo poesia.

De volta ao Brasil, começou a colaborar com crônicas para o jornal Zero Hora, de Porto Alegre, onde até hoje mantém coluna no caderno ZH Donna, que circula aos domingos, e outra — às quartas-feiras — no Segundo Caderno. Escreve, também, uma coluna semanal para o sítio Almas Gêmeas e colabora com a revista Época. Autora de vários livros e escritora consagrada.

FONTE: PENSADOR. INFO