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segunda-feira, 31 de março de 2014

DAS MEMÓRIAS: LEMBRANÇAS E PESSOAS INVENTIVAS!

Conversando com uma amiga em certa ocasião sobre nossa infância, ela lançou: “acredita que ainda trago em minhas memórias o tempo em que, sem a tecnologia dos computadores e outras opções éramos inventores de coisas”. Então comecei a pensar em nossas memórias, capacidade de registrar, armazenar, recuperar e manipular informações, num conceito bem simplista. Todavia os verbos que trago para ilustrar numa definição básica de memória são, em minha opinião, fundamentais para falarmos também de tantas Ciências que retratam nossas histórias de vida.
Vejam só, utilizando de minhas memórias, recuperando lembranças que armazenei me recordo do quanto tive que por vezes, quando criança, viver as lições de Economia, de Psicologia, de Sociologia, de Filosofia e outras, sem saber que estas Ciências existiam, era a mente criativa que estava buscando soluções para a estreiteza dos caminhos que trilhei, com dificuldade e superação, o que foi me fazendo um sujeito inventivo.
Pessoas inventivas nem sempre são bem aceitas nos espaços sociais, por vezes são vistas como perigosas, criam demais, enxergam demais, opinam demais, “ciscam” demais, disto eu sei, mas onde esconder os meninos e meninas inventivas, sim à geração que prospera neste tempo histórico é uma geração inventiva, curiosa por saber o que não se sabe.
A pessoa inventiva tem características carregadas de pura invenção, “nada é impossível de ser criado”, são pessoas que por natureza desacomodam, tiram do lugar, pensam sobre aquilo que já foi pensado, e convenhamos isto deve dar um trabalhão para quem “vive de poeira”, aliás, poeira me lembra a imensa varanda de minha avó, um bom lugar para quem gosta de se acomodar, varandas, com muita poeira.
Por fim, gosto de ser inventivo, mesmo sabendo do quanto ser inventivo é assumir riscos, é na incompletude de minhas trajetórias sinalizar aquilo que ainda pode ser feito, melhorar-me, aprimorar meu olhar, ver o doce e o azedo das coisas, das situações, e para aqueles que estão nas varandas empoeiradas que se consolem com meu alerta: há uma geração inventiva chegando por aí, aparelhada para usar de suas memórias inventivas, fica claro então que é o início de mais um novo ciclo que irá adentrar as imensas varandas.

Obs.: Este texto ofertei ao meu grande amigo Márcio Brasil tendo em vista o respeito e a admiração que tenho por esta pessoa singular.