Entendo para início de conversa que saber sempre
rimou muito bem com sabor, afinal, para que o gosto de saber algo novo se
manifeste é preciso que sintamos o desejo de aventurar-nos nesta busca pelo
desconhecido. Assim é que vamos nos fazendo, no retoque, no realce, num
movimento, assumidamente aprendente.
Tenho paixão por pessoas aprendentes porque se
reconhecendo inconclusas, inacabadas na humildade que lhes confere se tornam
fascinantes, nos levam a uma posição de aprendizagem partilhada, onde não há
saber com maior juízo de valor, mas sim saberes diferentes e que justamente por
serem diferentes exalam exímia beleza.
Libertar-se de empoeirados processos de
“acabamento” proporcionam ao ser humano aprendente a oportunidade de pensar
sobre aquilo que já pensado pode ser revalidado com novos olhares, aliás,
quanto ao olhar estou convicto que a ampliação de olhar acerca do mundo e das
relações que estabelecemos com as pessoas nos garante a efetiva possibilidade
de fortalecermos nossos vínculos.
Em suma, celebro as diferenças humanas e mais, reafirmo
que o saber requer desejo e que este desejo aguça as pessoas aprendentes a
constituírem um caminho repleto de grande sabedoria.