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terça-feira, 11 de setembro de 2012

DAS COISAS QUE POUCO FALO... DA HOMOFOBIA EM SANTIAGO...

 
É importante, para começo de conversa que eu registre o quanto sou ser humano como todos estes que estão neste momento lendo estas linhas, em seguida é sábio postar que durante todos esses anos procurei não abordar o assunto de minha homossexualidade de maneira direta uma vez que entendo o processo cultural preconceituoso e excludente no qual estamos inseridos, um preconceito que tem nome e endereço e sabe como e quando agir. Hoje sinto a necessidade de sair do sepulcro e firmar o quanto a sociedade é perversa no tocante ao respeito às diferenças humanas, e que tudo é um grande jogo de xadrez onde as peças “deformadas” são escanteadas elegantemente pelas fontes de poder que se estabelecem: tudo de maneira muito sutil, fina, maquiada, mas densa de homofobia.
Muitas pessoas com quem convivo inclusive amigos e amigas pessoais já registraram a admiração que tem pela minha forma de assumir sem agredir minha condição, e leiam bem, condição, não opção, ninguém escolhe e define sua sexualidade e isto tem que ficar bem esclarecido até para aqueles que fazem de conta que não sabem desta constatação. Bom, até aí tudo bem, elogios mil, carinhos sem mensuração, mas agora vem os momentos difíceis que talvez estejam guardados em minha Caixa de Pandora: há uma rede homofóbica estabelecida aqui, isto, pasmem, na terra da promoção humana, e que fique bem claro, não estou aqui exalando críticas as bandeiras de governo, mas estou apenas alertando sobre o perigo que uma camada marginalizada está correndo e talvez ainda não tenhamos despertado para este tendão. Quanto aos desafios que vivo  frente estas atitudes hipócritas, isto é por minha conta, pois não me sinto solitário, sei quantos rostos marcham comigo na luta contra qualquer forma de discriminação. Peço apenas aos amigos e amigas que lutam assim como eu, há muitos anos contra qualquer tipo de maldade configurada, ou qualquer tipo de discriminação que compartilhem este texto, uma vez que além de um alerta servirá de manifesto contra uma rede muito forte que se estabelece em nossa terra e que pode fazer-nos voltar ao tempo das cavernas, ou talvez, matar em nome do Sagrado, isto a História nos mostra como e onde esses movimentos iniciam e mais, como tudo termina.
Solidariedade e respeito são as palavras de ordem, compartilhem e ajudem, digo, aqueles que desejarem fazer resistência contra estas práticas homofóbicas, quanto a mim, estou preparado, conheço muito bem o peso do juízo do outro, mas não esqueçamos dos tantos outros que não tem a mesma dinâmica que eu, vamos deixá-los nas mãos da agressão? Lembrando sempre, que amanhã, vivendo este drama, pode ser uma pessoa que você ama e estima.

QUE FIQUE MEU MANIFESTO E MEU ALERTA!