Para
evitar que pessoas que se julgam elegantes em comportamento não nos enrolem em
sua roda de barulho e zoeira social:
Meus anos como aprendente tem me proposto desafios
singulares em minha feitura incompleta como professor sempre disposto a
refletir frente às tramas que se desvelam junto aos nichos humanos nos quais
estou inserido, e ainda os quais observo sempre com uma escuta sensível.
Conversando um dia desses com um amigo filósofo ele lançou-me sem dó a seguinte
sentença: “A voz dos outros e a nossa voz na mistura nem sempre garantem um
diálogo elegante, por isso, quanto alguém fugir de uma prosa respeitosa pule fora,
o outro não deve condená-lo a reducionismos chulos”. Optando, pois pela
pedagogia da elegância por vezes deverá calar-se, recolher-se, ser pontual,
reconduzir-se, fazer de conta que não ouviu ou entendeu, sair da “roda”, cuidar
para não flagrar-se numa exposição desnecessária. Tenho tentando aprender com
situações desta natureza, observadas ou vividas, mas confesso, sem sigilo, é um
exercício complexo e diário que requer muita inteligência para que a leitura de
mundo em seus múltiplos contextos se constitua.