A
tentativa permanente de sufocar os gemidos dos excluídos do mundo se
intensifica quando vemos o “destempero” dos opressores ao se depararem com a
sombra, sempre presente, da inquisição social dos inocentes. A verdade é que
nosso cenário contemporâneo está aparelhado para comprometer o acolhimento.
As pessoas que negam a condição humana meu
alerta: quem insistir em vestir a camiseta da discriminação e da indiferença
será convidado a sucumbir em sua enfática mediocridade.
Urge o momento histórico e precisamos exercer o acolhimento
no consciente desejo de celebrar as diferenças, respeitando o outro em sua
condição de ser humano, uma vez que não nos é conferido o direito de decepar
cabeças em nome daquilo que julgamos ser correto, de negar ao outro espaço, por
que nossa velha e empoeirada concepção moral diz que todos devem ser iguais,
formatados como bonecos de gesso. Pare por um instante e reflita: o que impera
em seu interior, o bom senso ou a amargura?
Acreditar na sacralidade do amor ainda é a forma mais
sábia para proteger-nos dos golpes rasteiros da exclusão social.