Fantástico texto de autoria de Daniel Paiva
revela algumas caracterizações da dinâmica social no que se refere à tomada de
consciência e o fenômeno da alienação, me proponho aqui a trazer recortes de
suas categóricas abordagens.
ESCREVE:
(...) Reconhecer a importância da consciência, ou seja, de ser uma
pessoa consciente de sua situação, é também, distinguir e valorizar seu papel e
ação dentro de algum grupo social (...)
Quando o caminho se dá de maneira inversa, ou seja, quando não
ocorre o ‘pensar’ sobre a ‘ação’, e quando se dão respostas prontas e não há
qualquer tipo de reflexão sobre as mesmas, então podemos dizer que este é um
indivíduo que está alienado. É um sujeito que não está exercendo suas
capacidades críticas e de confronto com alguma ideologia. Desse modo
instala-se, a não-ação, e sim a reprodução de ações e ideias que não acarretam
mudanças (...) além de não provocar a capacidade reflexiva (antes e depois),
segue cegamente as normas da ideologia dominante, ocorre então à persistência
da alienação. Uma das maneiras de se analisar (pesquisar) indivíduos
conscientes – alienados, é essencialmente pelo seu discurso, pois este
referenciará através da linguagem a representação do mundo em que vive seguido
de suas significações e simbolizações subjetivas que o tornam parte de um
contexto histórico-social (...).
Refletindo a partir das
ponderações do autor fica evidente que muitas vezes por temer o dominante,
aquele que oprime, ficamos paralisados diante do processo de mudança, assistindo
e fazendo parte de um percurso que nos torna meros espectadores de nossa própria
história.
Observem em nossa
sociedade, a sua volta caro leitor o que as pessoas são capazes de fazer para
se manterem no poder: barganhas, esmagamento de valores, paparicos ridículos,
negociatas, e sabe se lá o que mais, por isso lembremo-nos: “Dizer a verdade
pode custar caro, mas a dignidade de caráter não tem preço!”