As pessoas, na atualidade, como seus
antepassados, construíram um hábito curioso de assemelhar a figura humana a
animais, por exemplo: “dizem eles, lento como uma tartaruga, ou, astuto feito
uma raposa” e assim outros que não me cabe citar. Mas o interessante é a
reflexão que podemos fazer a partir de duas figuras da fauna: os sabiás e os urubus.
De um lado o nobre sabiá, pássaro imponente, que canta e encanta com sua forma
de “melodiar”, já na outra extremidade, o urubu, figura vista com olhos de
rejeição, identidade pesada que tem a missão de profetizar o que desagrada.
Paremos por um instante e nos permitamos perguntar: Quem disse que o urubu, ave
feia, de cores fechadas não pode ser um anunciador do que é bom, de coisas que
eclodam em felicidade? E, por outro lado porque que este sabiá lindo, garboso
não pode ser uma ave pobre em sua visão de mundo, bela por fora e oca por
dentro?
Lembremo-nos: “Nem tudo o que
reluz é ouro” cuidemo-nos assim das pessoas que exalam uma “boniteza” apenas
externa, não deixemos nosso poder visual nos enganar, a estética não é
referência de bom caráter, se “comprarmos” as pessoas pela embalagem corremos o
risco de levar para dentro de nosso interior o que não é bom, agora, se olhando
com amplitude, enxergamos a condição humana de nosso semelhante podemos não ter
a mais fina embalagem em nossas mãos, porém o mais raro conteúdo.
APENAS PONDERAÇÕES!